Muitas pessoas, em busca de saúde e boa forma, fazem uso constante de suplementos vitamínicos, crendo que isso poderá prevenir doenças e trazer diversos benefícios. O que as pessoas não sabem é que esta crença está ultrapassada, pois se baseia em estudos feitos há mais de quatro décadas pelo químico Linus Pauling, Nobel de Química. Em seu livro, Vitamin C and the Common Cold – ou Vitamina C e a Gripe Comum, em livre tradução – sua orientação era a de que, para evitar gripes, o indivíduo deveria tomar grande quantidade de vitamina C – cerca de 50 vezes mais que o recomendado pela OMS.
Entretanto, a despeito de a maior parte da comunidade científica já assumir que isso não traz benefícios ao organismo de pessoas saudáveis, o consumo de suplementos de vitaminas, de forma indiscriminada, se ampliou, passando de 6,1 para 7,6 milhões, em um período de quatro anos, ou seja, 25% de aumento. Tudo isso porque as pessoas, em geral, ainda creem que vitaminas sejam, por si só, milagrosas, o que é uma inverdade!
É claro que temos sempre de destacar o fato de haver casos em que as vitaminas são úteis e recomendadas, corretamente, pelos médicos ou nutricionistas e, sendo assim, podem – e devem – ser consumidas, pois existem pessoas que de fato, enfrentam deficiências e/ou carências de alguns nutrientes no organismo.
Se a pessoa ingerir vitaminas sem haver uma necessidade clara, diversos problemas de saúde podem acometê-la, desde alergias a problemas de digestão e até mesmo cirrose hepática. Tudo isso sem contar com um fator orgânico: o corpo está sempre preparado para promover a expulsão do excedente de vitaminas em circulação pela corrente sanguínea, sob forma de urina, o que pode sobrecarregar os rins.
Muito mais do que investir na compra de suplementos vitamínicos, quem busca uma vida mais saudável e um corpo em equilíbrio, deve cuidar da alimentação diária, pois as vitaminas são melhor absorvidas, e em quantidades exatas e equilibradas, por meio de uma alimentação saudável e variada.
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