Dizem que só percebemos o valor de algo quando a perdemos. E isso também possui um sentido científico, o valor real de uma espécie só é reconhecido quando ela está ameaçada ou completamente extinta.
Cientistas preveem que, nas próximas décadas, a perda da biodiversidade será ainda mais drástica e que metade das espécies podem desaparecer do planeta, muita delas aves que ajudam na reprodução das plantas, o que criaria uma reação em cadeia. Infelizmente, a situação está longe de ser revertida.
Índice
Dodô
O dodô é uma espécie extinta de ave que viveu nas Ilhas Maurício, na costa de Madagascar. Ela não voava e era lenta para para se reproduzir, o que a tornou vulneráveil à chegada de humanos e ratos, bem como à introdução de animais domesticados no final dos anos 1500.
Cerca de um século depois, a espécie foi extinta e tudo que sobrou foram ossadas e desenhos.
Arara-azul-pequena
A arara-azul-pequena (Anodorhynchus glaucus) era uma ave encontrada na região da bacia dos rios Paraná e Uruguai, na Argentina, Paraguai, Uruguai e sul do Brasil. A espécie é considerada extinta por muitos pesquisadores, por não ser avistada na natureza há mais de 80 anos e não existir exemplares em cativeiro. A população foi diminuindo com o tempo devido à caça e ao tráfico ilegal e por causa da destruição de seu habitat natural.
Caburé-de-pernambuco
Esta coruja foi registrada pela última vez no início dos anos 2000. O ICMBio a declarou oficialmente extinta em 2014. Quando em vida, a espécie era tão rara que não há fotografias da ave.
Limpa-folha-do-nordeste
A espécie vivia em estratos mais altos de florestas, entre 400 e 550 metros de altitude, sobretudo em matas de Alagoas e Pernambuco. A destruição da Mata Atlântica foi a grande responsável pelo desaparecimento deste pássaro.
Trepador-do-nordeste
Esta era uma ave rara da qual nunca foi tirada nenhuma fotografia. O pássaro de 20 cm era encontrado na Mata Atlântica, no nordeste do Brasil, acima do Rio São Francisco, em Alagoas e Pernambuco.
Pica-pau-bico-de-marfim
Estima-se que o pica-pau-bico-de-marfim foi extinto há, pelo menos, 50 anos, mas breves avistamentos foram relatados em 2004 e 2005. O pássaro era nativo dos pântanos norte-americanos e das florestas temperadas de coníferas do sul dos Estados Unidos e de Cuba. Apesar de extensos esforços para localizar o pássaro, a espécie foi recentemente declarada oficialmente extinta.
O’o bishopi
Todas as espécies pertencentes ao gênero havaiano moho foram extintas graças ao desmatamento, à competição com espécies introduzidas e à caça. Com penas pretas, a ave possuía um belo canto que foi homenageado pelo músico de jazz John Zorn, que lançou um álbum chamado O’o, em 2009.
Arau-gigante
Os araus-gigantes foram caçados por sua carne, penas e ovos, o que levou à sua extinção em no início do século 19. Hoje, espécimes empalhados dessa ave são raros. Existem apenas cerca de 80 em coleções de museus espalhados em todo o mundo.
Elas podem vir de várias regiões e ter característas distintas, mas algo elas têm em comum: todas foram extintas devido à ação humana. Está mais do que na hora de pensarmos sobre o mal que estamos fazendo para o ambiente e para nós mesmos.
Fonte: casa e jardim