O carnaval acabou e só deixou saudade e dívidas? Veja o que fazer para resolver essa situação

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O Carnaval às vezes é tão bom (ou tão ruim) que a gente acaba gastando mais do que poderia. Porém, se a sua conta ficar no vermelho, a tendência é que você perca uma quantia muito maior no futuro, na forma de juros bancários que crescem de forma traiçoeira. Na coluna de hoje eu explico como apagar esse incêndio. Para quem tem investimentos, informo de onde tirar primeiro; para quem não tem, indico uma saída possível.

O que acontece se você não agir rápido Eu chamei de “traiçoeira” a dívida no cartão de crédito no cheque especial porque, no começo, o impacto dos juros é tão pequeno que você talvez nem perceba. Porém, quando você percebe, em geral o prejuízo já está alto demais. Veja este exemplo com números reais do mercado. Digamos que este mês você resolva pagar R$ 500 a menos do que o valor integral da fatura do seu cartão de crédito.

Veja como a dívida cresce nos meses seguintes:

  1. Mês 0: R$ 500
  2. Mês 1: R$ 567 (“ok, nada grave”)
  3. Mês 2: R$ 642 (“beleza, mês que vem eu acerto”)
  4. Mês 3: R$ 728 (“que absurdo?”)
  5. Mês 4: R$ 825
  6. Mês 5: R$ 936
  7. Mês 6: R$ 1.061 (“meu Deus, preciso resolver isso urgente”)
  8. Mês 7: R$ 1.202
  9. Mês 8: R$ 1.363
  10. Mês 9: R$ 1.545
  11. Mês 10: R$ 1.751
  12. Mês 11: R$ 1.985
  13. Mês 12: R$ 2.250 (“estou falido, preciso renegociar e o banco não me atende!”)

Se a sua dívida inicial for de R$ 1.000, não de R$ 500, basta multiplicar os dados de todos os meses por dois, e assim por diante.

Neste exemplo, considerei que o seu banco esteja cobrando 350% ao ano no rotativo do cartão de crédito, o que é bastante condizente com os números atuais do mercado. Atualmente, o Itaú cobra 340%; o Bradesco, 347%, o Santander, 373%, e o Banco do Brasil, 465%.

Entre os grandes bancos, a Caixa Econômica Federal é um ponto fora da curva, com uma taxa de 271% no rotativo do cartão. Os números são informados pelo Banco Central e se referem à semana de 30 de janeiro a 3 de fevereiro (dados mais atuais).

‘Tenho patrimônio e investimentos, mas não sei de onde tirar’

Se você tem algum dinheiro investido, não importa onde for, você não vai conseguir, nem de longe, um rendimento seguro que compense as perdas com o rotativo do cartão ou o cheque especial.

Portanto, não é para existir dúvida entre resgatar ou não os seus investimentos, caso você tenha esse tipo de dívida.

A questão é: de onde tirar primeiro?

Caso você tenha algo na poupança, o ideal é que comece por aí. Se não tem poupança, os próximos investimentos da lista são os pós-fixados com liquidez, ou seja, Tesouro Selic e CDBs com rendimento vinculado ao CDI.

Lembre-se de que nem todos os CDBs têm liquidez diária. Para apagar incêndios como o rotativo do cartão, priorize os que têm.

Outras opções adequadas para pagar dívidas do cartão e cheque especial são os fundos de renda fixa, seja do tipo DI ou não, seja de curto ou longo prazo.

Se você não tem esses investimentos, ou se eles não foram suficientes para pagar a dívida, resta resgatar as aplicações de médio e longo prazo. Sejam elas CDB, LCA e LCI sem liquidez diária, Tesouro IPCA, Tesouro Prefixado, fundos multimercado, fundos de ações, fundos imobiliários, ações, fundos de previdência e outros.

Finalmente, caso já tenha resgatado todas essas aplicações e ainda sobrou dívida, pode ser o caso de, por exemplo, vender o carro, se houver. Em casos mais graves, de pessoas que todos os meses pagam o mínimo permitido da fatura do cartão, a dívida pode chegar ao valor de um imóvel.

‘Não tenho investimentos, o que fazer com a dívida?’

Não tendo de onde tirar dinheiro para pagar a dívida do seu cartão ou cheque especial, você precisa entrar em contato com o banco o quanto antes, se possível já na Quarta-feira de Cinzas.

Você precisa expor a sua real situação e verificar se o banco pode trocar a sua dívida no rotativo por alguma outra com uma taxa de juros menor. Talvez você tenha direito, por exemplo, a crédito pessoal (com juros de 50% a 150% ao ano, não 350%), parcelamento no cartão (100% a 200%), ou quem sabe um consignado (que pode custar menos de 50%, em alguns casos).

Resumindo

Para resumir o que foi dito, qualquer coisa é melhor do que ficar muito tempo no cheque especial ou no rotativo do cartão.

É verdade que investimentos sem liquidez geram prejuízo quando você tenta resgatar antes. Mas a perda desses dois tipos de dívida, a médio prazo, tende a ser bem maior.

Fonte: UOL

 

 

 

 

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Nascida e criada em São Paulo, é publicitária formada pela Faculdade Cásper Líbero e Master em Programação Neurolinguística. Trabalha como redatora publicitária, redatora de conteúdo e tradutora de inglês e espanhol. Apaixonada por animais e viagens, morou no Canadá e no Uruguai, e não dispensa uma oportunidade de conhecer novos lugares e culturas.
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