Em 31 de março, cientistas e representantes governamentais se reunirão na cidade japonesa de Yokohama, onde publicarão o relatório sobre os Impactos das Alterações Climáticas no Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas – IPCC, estabelecido em 1988 pela Organização Meteorológica Mundial e pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, com o objetivo de fornecer informações cientificas, técnicas e socioeconômicas com relação às mudanças climáticas.
A AFP, Agence France-Presse, teve acesso a um rascunho do próximo relatório e informou que as notícias não serão nada boas…
Mas não será tampouco uma novidade a responsabilidade do homem sobre o aquecimento global que deverá causar secas, inundações, aumento do nível dos mares, fome, desaparecimento de espécies e conflitos pela disputa dos recursos naturais. Em 2007 o Painel já havia concluído que a maioria dos aumentos observados na temperatura média global, desde meados do século XX, são muito parecidos aos aumentos observados nas concentrações de gases do efeito estufa antropogênico, ou seja, causados pelo homem. Concentrações atmosféricas globais de dióxido de carbono, metano e óxido nitroso foram aumentadas significativamente como resultado de atividades humanas desde 1750. Naquele relatório já havia a recomendação aos governantes de que seria preciso reduzir o gás carbônico (das fontes de energia petróleo e carvão) e usar energias renováveis além de promover o reflorestamento, destinando 0,50 % do PIB mundial para salvar o mundo de grandes catástrofes e tragédias.
Em 2014 a recomendação será a mesma: caso não haja redução nas emissões de dióxido de carbono (CO2) o futuro do planeta será negro, visto que neste século estas emissões só continuam a subir: 0,3 e 4,8 graus centígrados; 0,7 grau Celsius acima da média desde a Revolução Industrial. O nível dos oceanos aumentará entre 26 e 82 centímetros até 2100, segundo as estimativas.
“As mudanças climáticas no século XXI empurrarão os Estados a novos desafios e determinarão de forma crescente as políticas de segurança nacional”, adverte o esboço do resumo.
Ainda assim, algumas repercussões transfronteiriças das mudanças climáticas – a redução das zonas geladas do planeta, as fontes de água compartilhadas ou a migração dos bancos de peixes – “têm o potencial de aumentar a rivalidade entre os países“, diz o informe.
Em seus 25 anos de História, o IPCC publicou quatro relatórios de avaliação, e cada um fez um alerta sobre as gigatoneladas de dióxido de carbono emitidas pelo tráfego, as centrais energéticas e os combustíveis de origem fóssil, assim como o metano, gerado pelo desmatamento e pela pecuária.
Por conta do último grande relatório publicado em 2007, foi realizada a Cúpula do Clima de Copenhague de 2009. Aguardemos outras notícias.
Fonte foto: Stock.Xchng