Triste aniversário

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Completou-se vinte e cinco anos do derramamento de petróleo na costa do Alaska ocasionado pelo encalhamento do superpetroleiro Exxon Valdez. Os ecossistemas da região ainda sofrem consequências do derramamento de mais de 40 bilhões de litros de óleo cru no oceano – e talvez nunca se recuperem completamente.

Na Sexta-Feira da Paixão, dia 24 de março de 1989, o Exxon Valdez saiu do Alaska em direção à California. O superpetroleiro de 300 metros de comprimento carregava 163.000 toneladas de petróleo a bordo.

Seu capitão, após ordenar uma rota alternativa – e mais arriscada – em razão da presença de icebergs na sua rota usual, foi para sua cabine beber. O timoneiro cometeu um erro – exausto que estava em razão de uma longa jornada de trabalho – e o petroleiro fez uma curva errada, atingindo um arrecife, na Enseada do Príncipe William, costa sul do Alaska. O derramamento de petróleo pelo rasgo aberto no casco do navio foi inevitável.

Sem barcos de resgate disponíveis na região, o petróleo fluiu livremente para o oceano por dias. Parte dele poluiu 2.100 quilômetros de costa. Uma parte afundou, atingindo o solo oceânico. Outra parte simplesmente flutuou, à deriva.

As consequências do derramamento para a vida marinha: sufocamento, envenenamento, congelamento e afogamento de milhões de animais: águias-carecas, lontras de água doce e marinhas, focas, orcas, assim como incontáveis mexilhões, estrelas-do-mar, caranguejos, lagostins, siris, caramujos e peixes. Bilhões de ovas de peixes foram destruídas, e o fitoplâncton não sobreviveu ao derramamento.

A cadeia alimentar sofreu danos incalculáveis. As pessoas que viviam de pesca na região já não podiam trabalhar. A economia entrou em colapso. Hoje, passadas mais de duas décadas, a maioria das praias e baías aparenta estar limpa, e as espécies recuperadas. Mas as aparências enganam.

Estima-se que em 2010 ainda havia cerca de 80.000 litros de petróleo se infiltrado no solo. O constante movimento causado pelas ondas, ventos e outros fenômenos naturais provocou o fenômeno conhecido como intemperismo, transformando parte do petróleo em alcatrão. Manchas ocultas sob rochas e camadas de areia impede o desenvolvimento de microorganismos, formando uma emulsão com consistência similar à de maionese, que não perde toxicidade nem se dispersa com o tempo.

Um quarto de século após a tragédia, traços de hidrocarbonetos foram encontrados em tecidos de mexilhões e organismos do solo oceânico. Em 2013, amostras retiradas do fígado de patos e lontras-marinhas revelaram que eles também continuam a ter contato com o petróleo em sua busca por alimento.

Algumas espécies, como as lontras-marinhas, parecem ter se recuperado. Hoje há mais baleias jubarte na Enseada do Príncipe William do que antes. As orcas e as aves marinhas, no entanto, não se recuperaram, e suas populações são menores do que na época do acidente.

Provavelmente a espécie que mais sofreu impacto foram os arenques. Ovas e alevinos morreram logo, e a população adulta foi enfraquecida – e posteriormente eliminada por uma epidemia em 1993. Os grandes cardumes de peixe que eram antes tão abundantes nessa área do oceano hoje são história.

Se algo de positivo adveio do derramamento de óleo foram os avanços científicos na área de recuperação de ecossistemas afetados por acidentes como esse, e os impactos do ocorrido nos planos futuros para a indústria petrolífera no .

Entretanto, as atividades da indústria petrolífera no Ártico ainda têm causado impactos, fazendo até com que seja difícil distinguir os danos causados pelo Exxon Valdez dos danos causados por muitas outras ocasiões em que foram derramados poluentes na área – razão pela qual a atividade da indústria petrolífera na área continua sendo combatida.

Fonte foto: Stock.Xchng

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