As festas de fim de ano, finais de campeonatos e muitas outras comemorações são verdadeiros pesadelos para cães, gatos e outros pets. A razão está nos fogos de artifício.
Isso porque os animais possuem uma capacidade auditiva maior que a do ser humano, conseguindo detectar sons quatro vezes mais distantes que o homem.
O barulho provoca diferentes comportamentos nos cães, acionando os gatilhos de estresse e de aversão ao desconhecido.
Alguns tentam fugir ou se escondem, mas é possível que outros se tornem agressivos. E não são apenas os cães que se apavoram, gatos também têm medo do barulho, pois gostam da tranquilidade.
As reações mais comuns no cão com medo de fogos são agitação, choro, latido ou tremedeira. Porém, quando submetidos a grande estresse podem ocorrer problemas como convulsões, vômito e desmaio.
Percepção dos sons
O ouvido canino é capaz de perceber sons com frequência entre 10 Hz (Hertz é a unidade de medida da frequência de uma onda) e 40.000 Hz, enquanto os humanos percebem sons na faixa de 10 Hz a 20.000 Hz.
Com isso, de acordo com o Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV), qualquer som ou ruído acima de 60 dB (decibéis) pode causar estresse físico e psicológico aos animais.
O pavor dos fogos de artifício é explicado pelo fato de as frequências chegarem acima de 125 dB, sendo que sons e ruídos acima de 110 dB já podem provocar perdas auditivas irreparáveis.
Segundo o CFMV, com sons acima de 160 dB, como registrado durante uma explosão de fogos de artifício a um metro de distância, pode ocorrer ruptura timpânica em humanos e animais.
Mais efeitos visuais, menos barulho
Mesmo com leis que regulam e determinam proibições aos fogos de artifícios de estampido, sendo permitidos somente aqueles com brilho de luzes, nem todos os Estados e cidades adotaram as providências para banir o uso.