Você sabia que São Paulo poderia produzir energia para garantir o abastecimento de cerca de 4,6 milhões de residências? Tudo isso, utilizando o potencial de geração de energia solar, conforme atestou o expedido “Levantamento do Potencial de Energia Solar Paulista”, cujos dados apontam para a geração potencial de 12 TWh/ano.
Esse documento coincide com outra iniciativa importante. No último dia 03 de abril de 2014, o Governador Geraldo Alckmin, assinou um decreto que garante isenção de impostos para iniciativas na área de geração de energias eólica e solar, dentro do estado – sobretudo nas seguintes regiões: Araçatuba, São José do Rio Preto e Barretos, as quais contam com a mais forte incidência de radiação solar. Tal desoneração estava restrita apenas para a rede de produção termossolar, mas agora incluem também os painéis fotovoltaicos.
Tanto o levantamento quanto o decreto fazem parte de um esforço do governo paulista para garantir um crescimento na utilização de fontes de energia renovável, mudando a perspectiva da matriz energética no estado. Além disso, outros dois decretos publicados em abril deste ano (decretos n° 60.297 e 60.298) isentam de ICMS as empresas paulistas que gerarem energia elétrica ou térmica a partir de fontes alternativas como biogás e biomassa.
São Paulo vai liderando a corrida contra a crise energética no Brasil. Atualmente, a participação das fontes renováveis na geração de energia no estado é da ordem de 56%, mas a meta é atingir os 69%, em 6 anos – até 2020.
O Brasil ocupou o 12º lugar em 2013 no índice de atratividade para energias renováveis divulgado pela Ernst & Young em fevereiro deste ano, continuando a se destacar no cenário mundial de energias renováveis. A energia eólica é a fonte de energia renovável que mais recebe investimentos no Brasil, embora muitos destes projetos ainda não tenham saído do papel, pois fazem parte dos 39 projetos aprovados em leilões em dezembro do ano passado.
O incentivo do governo paulista pode abrir caminho para um boom solar, que até agora estava sendo ofuscado pelo preço relativamente baixo da energia eólica no país.
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