Depois de passar por Paris, Londres, Roma e São Paulo, chega ao Rio de Janeiro dia 19 de julho a exposição que reúne mais de 200 fotografias de Sebastião Salgado, resultado de uma imersão de 7 anos na região amazônica.
A exposição Amazônia estará no Museu do Amanhã é um projeto do fotógrafo que envolve encantamento pela floresta e pelos povos indígenas, mas também um alerta internacional contra o desmatamento e a violência.
Em entrevista ao Portal g1, Salgado falou sobre os seus sentimentos ao ver a Floresta Amazônica ser destruída e também fez uma crítica severa ao governo federal e à forma como os órgãos de preservação ambiental e dos povos indígenas estão sendo geridos.
“A Funai sempre foi uma instituição que protegeu a comunidade indígena (…) A Funai não trabalha mais na proteção dos indígenas nem do território indígena. A Funai passou a ser um instrumento do agronegócio retrógrado”, disse.
Salgado também falou sobre a sua relação de admiração com os povos indígenas.
“Eles têm um conhecimento fantástico da floresta. Eles têm uma relação completamente diferente da nossa com a natureza. Eles são parte da biodiversidade”.
A exposição também traz relatos, em vídeos, com testemunhos de lideranças indígenas sobre a importância da Amazônia e os problemas enfrentados atualmente pelas comunidades.
“Esta exposição tem o objetivo de alimentar o debate sobre o futuro da floresta amazônica. É algo que deve ser feito com a participação de todos no planeta, junto com as organizações indígenas”,
defende Sebastião Salgado.
A mostra é um convite ao debate em defesa do ecossistema imprescindível à vida no planeta.
“Ao projetar ‘Amazônia’, quis criar um ambiente em que o visitante se sentisse dentro da floresta, se integrasse com sua exuberante vegetação e com o cotidiano das populações locais”,
explica Lélia Wanick Salgado, que assina a curadoria.
“Amazônia” fica em exposição do Rio de Janeiro até janeiro de 2023.
Fontes: terra / um só planeta