O Facebook está sofrendo boicote de empresas que não querem ser vinculadas a discursos de ódio e preconceito nas redes sociais.
Grande parte da renda do Facebook vem de anúncios publicitários. Na semana passada, as ações da empresa despencaram 8,3%, o que significa uma perda de US$ 56 bilhões (cerca de R$ 306,8 bilhões), por causa do boicote de empresas que decidiram suspender seus anúncios na rede social.
A razão desse boicote é que marcas como Coca-Cola, Unilever, Verizon Communications, Patagonia, VF Corp., Eddie Bauer e Recreational Equipment querem forçar as companhias de tecnologia a adotarem mudanças nas regras de publicação de conteúdos, como informou o G1.
Muitos conteúdos são relacionados a discursos de ódio e racismo, os quais precisam passar por fiscalização das redes sociais. De acordo com o vice-presidente executivo de mídia global da Unilever, Luis Di Como:
Como resposta, a empresa de Mark Zuckerberg anunciou que dará início à fiscalização de postagens cujo discurso violem as suas regras, a fim de proteger minorias de abusos.
Por trás de perfis
Tanto as empresas quanto o Facebook estão se preparando para as próximas eleições presidenciais nos Estados Unidos. De qualquer forma, ainda que o altruísmo não seja o motor dessa controvérsia, visto que as empresas parecem estar pressionando o Facebook visando aos seus potenciais consumidores, trata-se de uma forma de chamar atenção para a difusão dos discursos de ódio nas redes sociais e que estas precisam se responsabilizar por eles, e não apenas as pessoas por trás de perfis.
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