As afegãs estão escrevendo a história dos direitos da mulher: contra o Talibã, pela educação

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Os direitos das mulheres no Afeganistão apresentam alguns sinais de melhora, mas é preciso muita luta social para eles serem efetivamente consolidados.

Durante o período em que o Talibã esteve à frente do país (1996-2001), as mulheres eram proibidas de estudar, viviam confinadas em casa, eram obrigadas a usar burcas em público e estar acompanhadas de um homem da família. Aquelas que eram acusadas de adultério eram apedrejadas.

Em fevereiro deste ano, os Estados Unidos (EUA) e o Talibã assinaram um acordo que deu início a um diálogo entre os insurgentes, como informa o jornal alemão DW. Entretanto, o acordo de paz ocorreu sem qualquer participação das mulheres afegãs, que temem o retorno do regime Talibã. A ativista Halima Salimi acredita que:

“O acordo reflete sobretudo os interesses dos EUA e do Talibã em vez dos direitos do governo e do povo afegão e, em especial, das mulheres”.

Além de quererem a paz, as mulheres afegãs querem estudar, porque elas sabem que esse é o caminho para a sua real emancipação. Como comentou Mehri, uma senhora da província de Herat, ao DW:

“Os jovens deveriam estar ocupados com a sua educação.”

E é exatamente essa a preocupação e o desejo das afegãs. Nem o fato de serem mulheres em um país onde a ampliação dos seus direitos ainda precisam ser conquistados, nem a pandemia do novo coronavírus as impediram de realizar o exame de ingresso na universidade.

Tomaram as redes sociais fotos dessas mulheres em praias e campos esportivos fazendo a prova de admissão para o ensino superior. Nada as deteve: pandemia, machismo, dificuldades sociais e econômicas.

Essas mulheres irão escrever a história de seu país. Quer dizer, já estão escrevendo.

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É doutora em Estudos de Linguagem, já foi professora de português e espanhol, adora ler e escrever, interessa-se pela temática ambiental e, por isso, escreve para o GreenMe desde 2015.
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