A extremista de direita Sara Giromini pode ser imputada criminalmente por ter dado publicidade sobre a identidade da menina de dez anos estuprada por seu tio desde os seis anos, crime que resultou na gravidez da criança.
O crime bárbaro ganhou notoriedade após a menina aparecer com dores em um hospital no interior do Espírito Santo, vindo à tona a violência que ela sofria há anos dentro de casa. Apesar da gravidez avançada, a menina tinha o direito ao aborto legal, o que implica o sigilo sobre a sua identidade, a fim de evitar mais esse trauma para a sua vida.
A bolsonarista Sara Giromini, conhecida como Sara Winter, ao identificar a criança em suas redes sociais, pode responder criminalmente por não apenas ter revelado essa informação, como convocado um grupo “pró-vida” para comparecer à porta do hospital, em Recife, onde a criança foi submetida ao aborto e a mais essa tortura psicológica.
Segundo o Poder 360, Sara utilizou o seu perfil no Twitter para divulgar o endereço do hospital e o nome da criança, o que ensejou a ida de cerca de vinte fundamentalistas religiosos à instituição para atacar verbalmente a equipe médica, chamado os profissionais de “assassinos”.
O artigo 17 do Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA – (Lei nº 8.069, de 13 de Julho de 1990) prevê que:
“o direito ao respeito consiste na inviolabilidade da integridade física, psíquica e moral da criança e do adolescente, abrangendo a preservação da imagem, da identidade, da autonomia, dos valores, idéias e crenças, dos espaços e objetos pessoais”.
O advogado Ariel de Castro, especialista em direitos humanos pela PUC- SP e membro do Conselho Estadual de Direitos Humanos (Condepe), disse à Folha de S. Paulo que esse artigo regula não apenas a atividade da imprensa, mas de toda a sociedade.
Cancelamento
Por conta de sua atitude cruel, foi lançado um mutirão para denunciar o perfil de Sara Winter nas redes sociais, o qual contou com milhares de adesões, tanto que seu perfil já foi retirado do Instagram, Youtube e Twitter mas segue ainda aberta no Facebook.
Uma decisão liminar da Justiça do Espírito Santo determinou, a pedido da Defensoria Pública do Estado, que Facebook, Twitter e Google Brasil retirassem do ar as postagens de Sara Giromini que expunha a criança. As empresas tiveram o prazo de até 24 horas para obedecer à medida, sob pena de aplicação de multa diária no valor de R$ 50 mil, como informou o UOL.
Sara também sofreu represália por parte dos hackers do Anonymous Brasil que publicaram uma série de dados pessoais dela, incluindo seu número de cartão de crédito.
Não obstante tudo, novos perfis de Sara vêm sendo abertos (como esse AQUI -> DENUNCIE)!
Será uma luta de seus haters contra os seus seguidores até que a Justiça decida sobre o caso.
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