É a chamada period poverty (ou pobreza da menstruação, em tradução livre) e é a disparidade social da menstruação, ou seja, aquelas discriminações de classe e gênero vinculadas ao ciclo menstrual. Na Nova Zelândia, eles querem se livrar dele e é assim que as meninas de todas as escolas terão absorventes internos gratuitos a partir de junho.
Uma iniciativa anunciada pela Premier Jacinda Ardern e que segue um programa piloto de sucesso lançado em meados do ano passado e que já forneceu produtos de saúde gratuitos para cerca de 3.200 jovens em 15 escolas.
“No ano passado, percebemos que não era bom para uma menina de 12 anos faltar à escola porque ela não tinha recursos suficientes para comprar os produtos de saúde de que precisava e iniciamos um projeto piloto em escolas como a Fairfield College para ver se poderíamos fazer a diferença fornecendo produtos gratuitos. Hoje, anunciamos que, a partir de junho, lançaremos nossos produtos de menstruação gratuitamente nas escolas primárias, intermediárias, secundárias e kura (escolas Maori) em todo o país”, anunciou Jacinda nas redes sociais.
Last year we decided that it wasn’t good enough that as many as one in twelve students were missing school because they…
Posted by Jacinda Ardern on Wednesday, February 17, 2021
Na verdade, os problemas de menstruação incluem constrangimento, estigma, faltar às aulas, ser “pega de surpresa” sem produtos, custos, falta de conhecimento e desconforto.
“Fornecer produtos menstruais gratuitos na escola é uma forma de o governo abordar diretamente a pobreza, ajudar a aumentar a frequência escolar e ter um impacto positivo no bem-estar das crianças ”, conclui Ardern.
E no Brasil? Esperamos que mais cedo ou mais tarde as mulheres mais desfavorecidas aqui também possam ter esse gesto de civilização ou, pelo menos, uma tributação mais justa dos absorventes higiénicos e tampões (que possuem uma taxa de 27,5%). Afinal, a menstruação não é uma escolha, e, a exemplo das camisinhas, que já são distribuídas gratuitamente, as mulheres também merecem esse direito.
Se você deseja optar por uma solução sem dúvida sustentável e econômica, experimente o coletor menstrual.
Fonte: Jacinda Ardern Facebook/CNN