Morrer e tornar-se uma bola de coral após a morte. Esse é mais ou menos o sentido poético das bolas de recife, as improváveis bolas de restos cremados misturados com concreto para formar uma bola, precisamente, perfurada, para ser jogada no fundo do mar. Uma única bola pode custar até 7.500 dólares.
É a nova fronteira do enterro, que surgiu nos Estados Unidos”graças” a uma empresa, a Eternal Reef (o melhor nome) que permite àqueles que pretendem ser cremados, e expressam seus desejos em seu testamento, unir os cinzas ao concreto e dar vida a essas grandes bolas submarinas, com 2 metros de diâmetro e até 250 quilos de peso, que no fundo dos oceanos são usadas para gerar vida.
De fato, em bolas de recife, animais como corais, bioconstruções, plantas marinhas podem crescer e a biodiversidade aumenta com o tempo.
A maioria dos recifes de coral do mundo está em risco devido ao aquecimento e acidificação dos oceanos, poluição e pesca excessiva, de acordo com o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas. Os recifes são essenciais para proteger as costas e manter os ecossistemas marinhos, além de fornecer empregos para as comunidades locais e até ajudar os cientistas a produzir novos medicamentos.
Posted by Eternal Reefs on Monday, February 28, 2022
A Eternal Reefs colabora com a Reef Ball Foundation e a Reef Innovations, que realmente constroem as bolas funerárias (e que custam por ente querido de US$ 3.000 a US$ 7.500). Sua superfície áspera permite que plantas e animais marinhos, como corais e algas, cresçam neles. E pense que a organização até agora afundou cerca de 3.000 recifes de coral memoriais em cerca de 25 locais, do Texas a Nova Jersey.
From Crikey, an Australian newspaper ON A LIGHTER NOTEThere’s a new burial trend taking the…
Posted by Eternal Reefs on Thursday, February 24, 2022
Corais e todos os tipos de animais crescem melhor na estrutura. Não consigo ver uma desvantagem óbvia, diz Murray Roberts, professor de biologia marinha da Escola de Geociências da Universidade de Edimburgo.
Também preservará a biodiversidade, mas esse método não convence a todos. A bola de recife, além de custar um braço e uma perna, ainda envolve cremação, que, em média, libera 400 kg de dióxido de carbono na atmosfera para cada corpo, segundo o The Guardian. E não é só isso: o concreto também tem um enorme custo ambiental.
Você faria isso?