A morte da jornalista Glória Maria, ícone da TV, que representou a potência da mulher negra

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Glória Maria, jornalista e um dos ícones da TV brasileira, morreu nesta quinta-feira, 2, no Rio de Janeiro. A informação foi confirmada ao Terra pela assessoria da TV Globo.

“Em 2019, Gloria foi diagnosticada com um câncer de pulmão, tratado com sucesso com imunoterapia, e metástase no cérebro, tratada cirurgicamente, inicialmente também com êxito. Em meados do ano passado, a jornalista iniciou uma nova fase do tratamento para combater novas metástases cerebrais que, infelizmente, deixou de fazer efeito nos últimos dias”, diz a nota.

A jornalista deixa duas filhas, Maria, de 15 anos, e Laura, de 14.

Vida, carreira e pioneirismo

Glória Maria Matta da Silva nasceu no Rio de Janeiro, filha de pai alfaiate e mãe dona de casa, e se formou em jornalismo pela Pontifícia Universidade Católica (PUC-Rio), curso pago após conseguir um emprego de telefonista.

Ela chegou à Globo em 1970 como radioescuta. No Jornal Nacional ela começou a traçar uma carreira de pioneirismo ao ser a primeira jornalista mulher a entrar ao vivo no noticiário. Pelo JN, fez reportagens históricas, como a posse do presidente Jimmy Carter nos Estados Unidos, entrevista com João Figueiredo, último presidente da ditadura brasileira, e a Guerra das Malvinas, sendo a primeira mulher brasileira a cobrir o conflito.

Foi no Fantástico, porém, que Glória Maria deixou sua marca. Ela foi apresentadora do dominical de 1998 a 2007, e fez reportagens especiais, entrevistas com personalidades como Michael Jackson e Madonna, e realizou muitas viagens que se tornaram marcos de sua extensa e celebrada carreira.

Luta contra o racismo

Glória falava sobre a importância do seu pioneirismo na luta contra o racismo.

“Racismo é algo que vivi desde sempre e a gente vai aprendendo a se defender”,

disse em entrevista ao Globo Repórter em junho de 2020.

No Globo Repórter, já em tratamento contra o câncer, falou sobre a o racismo lembrando também seu pioneirismo na luta.

Glória Maria foi a primeira pessoa a usar a Lei Afonso Arinos, que punia o racismo, não como crime, mas como contravenção.

“Eu fui barrada em um hotel por um gerente que disse que negro não podia entrar, chamei a polícia, e levei esse gerente do hotel aos tribunais. Ele foi expulso do Brasil, mas ele se livrou da acusação pagando uma multa ridícula. Porque o racismo, para muita gente, não vale nada, né? Só para quem sofre”, contou.

Fonte: Terra / G1

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Nascida e criada em São Paulo, é publicitária formada pela Faculdade Cásper Líbero e Master em Programação Neurolinguística. Trabalha como redatora publicitária, redatora de conteúdo e tradutora de inglês e espanhol. Apaixonada por animais e viagens, morou no Canadá e no Uruguai, e não dispensa uma oportunidade de conhecer novos lugares e culturas.
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