Guerra completa 1 ano: russos e ucranianos fazem atos juntos em consulado geral em SP

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Um grupo formado por russos, ucranianos e descendentes de ambas as nacionalidades realiza um ato em frente ao Consulado Geral da Rússia, na Zona Sul de São Paulo, nesta sexta-feira (24), dia em que a invasão da Ucrânia pelas tropas de Putin completa um ano.

As cerca de 35 pessoas exibem cartazes de repúdio à guerra, em apoio ao povo ucraniano e contra o presidente russo Vladimir Putin. Uma caixa de som toca sons de bombas, tiros e sirenes.

A ucraniana Myroslava Moroz, que se mudou para o Brasil pela primeira vez em 2010, diz estar se preparando mentalmente para uma guerra duradoura. Ela relata que logo no começo da invasão sua mãe fugiu da Ucrânia e chegou a passar seis meses em solo brasileiro, mas depois voltou para casa, na capital Kiev.

O pai de Myroslava tem um negócio de trigo e passou grande parte do conflito alimentando soldados e refugiados ucranianos. Segundo a moça, durante o período, a saúde de seu pai teve uma piora, devido ao estado constante de alerta, com barulhos de sirenes e bombas. Ele está no Brasil desde dezembro, mas pretende voltar para a Ucrânia em março. “A vida inteira dele está lá”, disse a filha.

“Essa é minha pátria. No começo, eu senti muito medo de perder minha pátria, o lugar onde eu nasci, onde tem minhas origens, minha família. Senti muito medo por parentes, pelas crianças”, contou Myroslava, que tem sobrinhas em idade escolar. “A escola precisou mudar a sala de aula para o subsolo, então as crianças que vivem a guerra, é muito trágico”.

O russo Evgeni Oslavski deixou seu país após o terceiro dia da invasão no território ucraniano. Ele e a esposa se dizem opositores do governo Putin há quase duas décadas e se sentiram inseguros em continuar na própria nação. “Há exemplos de pessoas que foram para a cadeia só por dizerem a palavra ‘guerra'”, disse o rapaz.

“Eu posso dizer, com certeza, que a guerra não é popular na Rússia, nem entre as pessoas que amam o Putin nem entre os reconhecidos como imperialistas, cada um por seus motivos. Eu não quero a guerra porque ela é sangrenta e é sobre um único homem. Apenas um homem neste planeta necessita desta guerra. As pessoas estão morrendo por nada”, afirmou o russo, fazendo referência a Putin.

A guerra na Ucrânia já matou milhares de pessoas, reduziu cidades inteiras a escombros, fez milhões de refugiados e alimentou temores de uma nova guerra mundial envolvendo armas nucleares da Rússia e dos Estados Unidos.

Fonte: G1

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Nascida e criada em São Paulo, é publicitária formada pela Faculdade Cásper Líbero e Master em Programação Neurolinguística. Trabalha como redatora publicitária, redatora de conteúdo e tradutora de inglês e espanhol. Apaixonada por animais e viagens, morou no Canadá e no Uruguai, e não dispensa uma oportunidade de conhecer novos lugares e culturas.
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