Diversos casos de contágio pela gripe A – ou H1N1 – têm atingido membros de populações indígenas do Pará, já nesse começo de 2014. Primeiramente, foi um menino, de 1 ano, com origem étnica Xikirin, que faleceu no dia 06 de abril.
Outro caso, de uma criança Xikirin com 10 meses, está ainda internada em um hospital da cidade de Parauapebas, no sudeste do Pará. Há mais 5 crianças sob observação, com suspeita da doença.
Com isso, já são 13 os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave – sendo nove Influenza B; 2 de Metapneumovírus Humano; e os citados, por H1N1. Com isso, cresce o risco da ocorrência de surto no ambiente indígena.
Os sintomas da gripe são: dor de cabeça, de garganta, febre, tosse, entre outros e ocorre o contágio via contato direto com um doente.
O grande problema que aumenta o risco de morte dos indígenas é o acesso precário à saúde, porque o local a que eles recorrem normalmente, a Casa de Apoio ao Índio, que seria um centro de convivência e de proteção, não conta com assistência médica completa.
Segundo o Ministério da Saúde, uma campanha de vacinação mais massiva irá acontecer já a partir do dia 10 de abril, na região.
Mediante esse quadro, fica o questionamento: Quais as razões possíveis para o aumento da possibilidade de um surto de gripe A nessas populações? Primeiramente, o contato com o homem branco e doente; por outro, a ausência da aplicação da vacina contra a doença, que muitos índios preferem não tomar, seja por medo, ou por razões culturais e religiosas?
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Fonte foto: Stock.Xchng