Em dez anos triplica o número de mortes por obesidade no Brasil

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Segundo um levantamento feito pelo Estadão Dados com base em informações do Datasus, em dez anos houve um crescimento de 196% nos óbitos causados diretamente pela obesidade.

Em um período de dez anos o número de brasileiros mortos por complicações diretamente relacionadas à obesidade triplicou. Em 2001, 808 óbitos tiveram a obesidade como causa; em 2011 o número de óbitos subiu para 2.390. Os dados levam em consideração as mortes em que a obesidade aparece como uma das causas no atestado de óbito. Segundo especialistas, o número de vítimas indiretas da obesidade é ainda maior se levarmos em consideração que o excesso de peso é fator de risco para diversos tipos de doenças como o diabete, apneia do sono, insuficiência renal e vários tipos de câncer.

Para o Ministério da Saúde o aumento das mortes é reflexo da “epidemia de obesidade”, um dos maiores problemas que a saúde pública enfrenta hoje no país. A perda dos bons hábitos; a adoção de alimentos industrializados, altamente calóricos e o excessivo consumo de carne e alimentos semiprontos afetam cada vez mais a saúde da população.

O último levantamento mostrou que mais de 50% dos adultos brasileiros tem sobrepeso e pelo menos 17% da população está obesa. Segundo especialistas, não é só a mudança de hábitos dos brasileiros que aumentou a mortalidade por obesidade. Para Marcio Mancini, chefe do Grupo de Obesidade e Síndrome Metabólica do Hospital das Clínicas de São Paulo, as políticas de prevenção e tratamento devem ser aprimoradas.

Ao se deparar com os recentes picos no número de sobrepeso e pessoas obesas, o Ministério da Saúde divulgou um Guia Alimentar, onde enfatizam o bem-estar dos cidadãos e orientam sobre a importância de uma dieta variada; a moderação no uso de óleos, gorduras, sal e açúcar; a importância de evitar produtos prontos e ultraprocessados e valorizam a ingestão de alimentos variados e naturais.

Mas apesar da boa iniciativa do governo, é necessário aprimorar as medidas para combater a obesidade no país. Segundo Mancini, a saúde pública não apresenta estrutura suficiente para o tratamento da obesidade e há poucas medidas a fim de barrar o ganho de peso: “Não se faz prevenção em unidades básicas de saúde. Há o tratamento para diabetes, colesterol, hipertensão, mas pouco se faz para barrar o ganho de peso. Essa mesma preocupação deveria existir nas escolas”, diz.

Quanto mais jovem uma pessoa se torna obesa, maiores são os riscos de complicações e morte se não houver um tratamento adequado. Sem falar na sobrevida que a obesidade causa por tantos motivos, inclusive o preconceito. Nesse ponto, é muito mais fácil evitar, nas crianças, o risco de desenvolverem a doença. Ás vezes é difícil falar não para as crianças que esperneiam querendo pirulitos, batatinhas e outras guloseimas. Mas elas são capazes de entender que certas coisas fazem bem e outras não. Basta ter disposição e paciência para o diálogo mas, antes de tudo, o exemplo deve vir de casa!

Fonte fotos: freeimages.com

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