As Forças Armadas aprovaram a compra de 35.320 comprimidos de Viagra, medicamento usado tipicamente para tratar disfunção erétil. Os dados são do portal da Transparência e do painel de preços do governo, compilados pelo deputado Elias Vaz (PSB-GO).
A maior parte dos medicamentos é destinado à Marinha, com 28.320 comprimidos; mas o Exército (5 mil comprimidos) e a Aeronáutica (2 mil comprimidos) também serão atendidos.
O deputado deputado Elias Vaz (PSB-GO), pediu explicações ao Ministério da Defesa:
Precisamos entender por que o governo [Jair] Bolsonaro está gastando dinheiro público para comprar Viagra, e nessa quantidade tão alta. As unidades de saúde de todo o país enfrentam com frequência falta de medicamentos para atender pacientes com doenças crônicas, como insulina, e as Forças Armadas recebem milhares de comprimidos de Viagra. A sociedade merece uma explicação”.
Ontem, o presidente Jair Bolsonaro (PL) minimizou a compra dos 35.320 comprimidos de Viagra pelas forças armadas. Segundo ele, a compra é pequena lenvando em conta as 3 forças armadas. O presidente destacou ainda que o produto será usado para tratamento de hipertensão arterial pulmonar e doenças reumáticas, e não para disfunção erétil (finalidade típica do remédio).
Com todo respeito, não é nada. Quantidade… O efetivo das três forças, obviamente… Muito mais usado pelos inativos e pensionistas.
Segundo o presidente, será utilizado principalmente por “inativos e pensionistas”. As Forças Armadas possuem cerca de 350 mil militares na ativa e mais de 1 milhão na reserva. Segundo Bolsonaro, há 15 ou 20 anos, o potencial do Viagra no combate a disfunção erétil teria sido descoberto no decorrer de pesquisas que visavam eficácia no tratamento da hipertensão arterial pulmonar —doença rara que faz com que a pressão arterial nos pulmões seja mais alta e que é mais comum em mulheres.
As declarações ocorreram durante um café da manhã realizado no Palácio da Alvorada, residência oficial do Executivo, com pastores e líderes evangélicos.
Fonte: uol