No nosso país o AVC é a segunda causa de morte, conforme dados do Ministério da Saúde, com 400 mil casos/ano e mais de 100 mil óbitos. A cada 5 minutos ocorre uma morte por AVC.Os pacientes com AVC sofrem uma grave perda de independência nas atividades diárias e em 35% dos casos a incapacidade é grave.
AVC: o que é e como reconhecer os sintomas
O AVC cerebral é uma doença cerebrovascular, muitas vezes com início súbito.
É um importante problema de saúde pública, e seu impacto tem consequências significativas, não apenas na condição clínica dos acometidos, mas também em seus familiares e cuidadores.
Os sintomas mais comuns da doença são:
- déficits sensoriais, ou seja, formigamento, perda de sensibilidade na metade inferior da face, braço e/ou perna em um lado do corpo com assimetria da boca
- incapacidade de levantar um braço ou mantê-lo elevado ao mesmo nível que o outro e/ou dificuldade em mover uma perna
- dificuldade em falar e entender os outros
- distúrbios visuais em um ou ambos os olhos
- perda de coordenação dos movimentos, sensação de tontura ou derrapagem
- dor de cabeça muito grave e incomum
Nos casos mais graves pode haver alteração do estado de consciência.
Quais são as consequências de um AVC?
As consequências de um AVC são:
- mobilidade reduzida e força de vários graus de um lado do corpo (metade inferior da face, braço e/ou perna)
- dificuldade em andar
- incapacidade de realizar gestos corretamente na ausência de paralisia (apraxia)
- Distúrbios da fala (afasia, disartria)
- distúrbios de deglutição
- distúrbios na sensibilidade e na percepção, por exemplo, no sentido do tato ou na percepção da temperatura
- distúrbios visuais, por exemplo, visão dupla (diplopia) e distúrbios do campo visual (hemianopsia) distúrbios da memória
- mudanças emocionais.
Como prevenir o AVC
Aqui estão os comportamentos a ter e o que evitar:
- adotar e manter estilos de vida saudáveis: não fumar e evitar a exposição ao fumo passivo
- praticar regularmente atividade física adequada: pelo menos 30 minutos 5-7 vezes por semana
- limitar ou evitar o consumo de bebidas alcoólicas
- siga uma alimentação correta, variada e equilibrada: lembre-se que, principalmente, é bom reduzir o consumo de sal, preferir o consumo de vegetais, frutas, grãos integrais e peixes, limitar a ingestão de carnes vermelhas, gorduras animais e de açúcares
- manter ou buscar um peso corporal ideal consumindo uma quantidade adequada de calorias para suas necessidades energéticas
- não exceda três xícaras de café por dia
- evite tomar qualquer droga.
Além disso, é fundamental manter sob controle, com a ajuda do médico assistente, quaisquer fatores que aumentem o risco de AVC , como:
- hipertensão
- diabetes mellitus
- dislipidemia (aumento dos valores de colesterol e trigliceridemia)
- fibrilação atrial
- cardiopatias e doenças vasculares.
O AVC é uma doença “dependente do tempo”: isso significa que, no curso da isquemia, a primeira ação é tomada e mais células cerebrais podem ser salvas, permitindo uma melhor recuperação.
Consequentemente, em caso de sintomas é necessário ligar imediatamente para o SAMU, no 192, ou dirija-se rapidamente ao pronto-socorro.
Fonte: Ministério da Saúde / Ação AVC