Polícia resgata 196 trabalhadores que viviam em condições análogas à escravidão em vinícolas no RS

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Conforme relatos da Polícia Rodoviária Federal, três trabalhadores procuraram os agentes policiais na Unidade Operacional da instituição no município de Caxias do Sul e informaram que tinham acabado de fugir de um alojamento em que eram mantidos contra a vontade própria.

Após a denúncia, as equipes foram até o local indicado e os auditores do ministério constataram que havia em torno de 200 homens em situação análoga à escravidão. Os trabalhadores, recrutados pela empresa Oliveira & Santana, relataram à polícia as diversas situações que passavam, tais como atrasos nos pagamentos dos salários, violência física, assédio moral, longas jornadas de trabalho e alimentos estragados.

Segundo o Estadão, os trabalhadores das vinícolas foram acolhidos pela prefeitura de Bento Gonçalves no ginásio municipal Darcy Pozza, onde recebem abrigo, local para dormir, acesso à higiene, alimentação e assistência médica.

No total, chegaram à Bahia, 196 trabalhadores resgatados e que realizavam um trabalho que teria beneficiado as vinícolas Aurora, Salton e cooperativa Garibaldi.

Os baianos desembarcaram em Salvador e em três cidades do interior: Serrinha, Lauro de Freitas e Feira de Santana. Todos passaram por triagem para avaliação das necessidades de saúde, condições de moradia e viabilização da reinserção em programas sociais e no mercado de trabalho.

“Vamos entender a situação de vulnerabilidade. Seja em ações de saúde, seja nas questões de documentação, que eles podem estar com dificuldade ou terem perdido nessa situação, ter sido extraviada, ou na articulação junto com os órgãos do estado e dos municípios”, disse Cristina Ulm, defensora pública do Estado.

Os resgatados são acolhidos pela Secretaria de Justiça e Direitos Humanos da Bahia (SJDH), em parceria com a Defensoria Pública, além de órgãos municipais, estaduais e federais.

O secretário de Justiça e Direitos Humanos da Bahia, Felipe Freitas, também falou sobre a situação. “Nós vamos reunir a Comissão Estadual pela Erradicação do Trabalho Escravo e vamos discutir com o Ministério Público Federal, Polícia Federal e com o Ministério dos Direitos Humanos sobre o incentivo à conciliação nacional para que possamos desmontar essa rede de aliciadores. E, o mais importante, desenvolver medidas preventivas para que casos como esse não voltem a acontecer”, afirmou.

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Nascida e criada em São Paulo, é publicitária formada pela Faculdade Cásper Líbero e Master em Programação Neurolinguística. Trabalha como redatora publicitária, redatora de conteúdo e tradutora de inglês e espanhol. Apaixonada por animais e viagens, morou no Canadá e no Uruguai, e não dispensa uma oportunidade de conhecer novos lugares e culturas.
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